Recorte de matéria Jornal de Paraipaba
Texto completo abaixo
Mãos amigas que ajudam a mudar a realidade das pessoas
Com o número de
desempregados no Brasil atingindo a
marca de 10, 4 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e a perspectiva de melhoras somente a partir do segundo
trimestre de 2017, devido ao alto custo que o empregador tem ao contratar um
funcionário num momento de crise por qual o passa país, se precisa de opções
para mudar esse quadro negativo.
Um ator social que
poderia ajudar seria o Estado, porém
ele fica obrigado a enxugar a folha de funcionários comissionados, e diminuir
os gastos com programas sociais e reduzir investimentos em infraestrutura,
ações essas que só deixam as pessoas ansiosas para conseguir novamente uma colocação
no mercado de trabalho. Vislumbra-se, no entanto uma alternativa para a geração
de emprego e renda em outros setores da economia, com a qualificação.
Uma ação concreta
e que foi bem exitosa em outros momentos na nossa recente história, é do chamado
Terceiro Setor, que engloba as
ong´s, associações de bairros, ou filantrópicas, ou mesmo as igrejas que em
determinadas épocas fazem atos de caridades, com distribuição de alimentos,
roupas, além de realizar cursos de qualificação profissional.
O Instituto Qualivida surgiu em 2009 no
Bairro Vila União em Fortaleza e tinha como missão capacitar
a comunidade para ter uma profissão, por isso realizou cursos de corte e
costura, de cabeleleiro, como também promoveu eventos culturais, como o
pré-carnaval movimentando a todos que moravam nas proximidades desta entidade,
que depois de eleita a primeira diretoria com os sócios fundadores foi se
perdendo por falta de compromisso de alguns membros, como também falta de apoio
governamental e do setor privado.
Recentemente a
Qualivida voltou a se reunir com novos membros e uma nova eleição marcada para
esse mês de junho em outro bairro da capital cearense, com idéias dessa vez de
crescer e ajudar a comunidade do Bairro Santa
Fé na Regional VI a ter
oportunidade de qualificação para que as pessoas possam arrumar um emprego ou
mesmo botar seu próprio negócio.
O Terceiro Setor é
a esfera de atuação pública que não é estatal, porém feita com trabalho, muitas
vezes de voluntários e intenção de lucro. Mas não se pode pensar que participar
de uma ONG significa trabalhar sempre de graça; a Lei N° 9.790, de 23 de março de 1999, permite que as entidades
privadas sem fins lucrativos, com mais de três anos de existência possam
remunerar os dirigentes e com isso fazer com que eles se dediquem com mais
competência técnica para os desafios de gerir uma organização desse tipo.
Quantos profissionais
foram formados em escolas técnicas, ou nos bancos das universidades e estão
hoje parados, sem ter uma chance de contribuir para a sua região e poder
sustentar sua família? Uma comunidade organizada e com gente séria é capaz
ainda nos tempos atuais onde existe tanta corrupção de poder mudar e melhorar
os indicadores sociais de onde vivem.
Para isso se faz
necessária transparência para as associações que recebem recursos oriundos dos
entes privados e principalmente quando a outra parte é o poder público, que
financia aquele projeto, porque não pode agir diretamente e por isso dá o
recurso para ser gasto com cursos, atendimentos hospitalares, educação,
esportes, etc.
Mas tem que
prestar atenção a todos os detalhes, de qual equipe formar para usar com
qualidade, todo dinheiro que entra em cada iniciativa, Assim os patrocinadores ficam
mais tranquilos e a sociedade ganha um parceiro de primeira hora.
Por
Carlos Emanuel
Jornalista
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